A aprendizagem corporativa evolui a passos largos, adaptando-se às mudanças rápidas do mercado e às novas demandas das empresas. O papel tradicional de treinar funcionários para executar tarefas específicas está sendo substituído por uma abordagem mais holística e integrada.
Conrado Schlochauer, Ph.D, fundador e membro da nōvi e Diretor do Learning Culture Program - LCP, programa da Saint Paul em parceria com a nōvi, compartilhou 7 insights sobre cultura de aprendizagem no evento exclusivo “Cultura de Aprendizagem: 7 insights para C-Levels entenderem seu novo papel na Aprendizagem Corporativa”. Confira-os:
Aprendizado é cultura (ou não)
O aprendizado não pode ser visto apenas como um conjunto de treinamentos pontuais. Ele deve estar entranhado na cultura da empresa. Uma organização que valoriza o aprendizado cria um ambiente onde os funcionários se sentem incentivados a desenvolver novas habilidades continuamente. Promover uma cultura de aprendizagem significa encorajar a curiosidade, a inovação e a melhoria contínua.
Para Conrado, investir em treinamento não é suficiente; é essencial promover um ambiente onde o aprendizado contínuo e a troca de conhecimento sejam valorizados. A chave para se preparar para essas transformações está na criação de uma cultura de aprendizagem robusta.
Toda Empresa é um Ecossistema de Aprendizagem
Cada empresa possui um ecossistema único de aprendizagem. Isso inclui desde as interações informais entre colegas até programas estruturados de desenvolvimento profissional. Reconhecer a empresa como um ecossistema de aprendizagem implica valorizar todos os momentos de aprendizado e integrá-los na estratégia corporativa. As empresas devem facilitar o fluxo de conhecimento e proporcionar diversas oportunidades para que os funcionários aprendam uns com os outros.
Não Teremos Transformação sem Redesenhar a Cadeia de Valor de Aprendizado
Uma das principais recomendações de Conrado é a transformação da cadeia de valor de aprendizado nas empresas. Isso implica em alinhar as soluções de aprendizagem com a estratégia de negócios e a cultura organizacional desejada. Para isso, é necessário:
- Construir Soluções Personalizadas: Desenvolver programas de aprendizagem que atendam às necessidades específicas das empresas e de seus funcionários.
- Analisar o Impacto: Avaliar como as iniciativas de aprendizagem influenciam o negócio, a performance dos colaboradores e as opções diárias.
O Primeiro Passo é Oferecer Tempo e Contexto (e Hackear as Práticas Atuais)
Para que os funcionários possam se dedicar ao aprendizado, é crucial oferecer-lhes tempo e contexto apropriados. Isso pode significar ajustar as cargas de trabalho, criar espaços dedicados ao aprendizado e revisar as práticas atuais que podem estar obstruindo o desenvolvimento. "Hackear" essas práticas pode envolver a substituição de métodos tradicionais por abordagens mais inovadoras e flexíveis.
Precisamos parar de Pedir para Líderes Desenvolverem Pessoas – Ninguém Desenvolve Ninguém
A ideia de que os líderes devem ser os responsáveis pelo desenvolvimento de seus subordinados está ultrapassada. Ninguém desenvolve ninguém; o papel dos líderes deve ser o de facilitadores do aprendizado. Eles devem criar ambientes onde os funcionários se sintam empoderados para buscar seu próprio desenvolvimento, fornecendo suporte, recursos e oportunidades de crescimento. Conrado sugere que, em vez de simplesmente pedir para que os líderes desenvolvam seus subordinados, as empresas devem criar espaços para que os próprios líderes se desenvolvam continuamente.
É Fundamental Trazermos Novos Skills (e Perfis e Olhares) para a Nossa Área
Para que a cultura de aprendizagem se enraíze, as áreas de aprendizagem dentro das empresas precisam desenvolver novas habilidades e perfis. A curiosidade e a capacidade de engajar os funcionários são essenciais. Profissionais de aprendizagem devem ser capazes de criar um ambiente onde os colaboradores sintam-se motivados a aprender e a compartilhar conhecimentos.
Lifelong Learning e Curiosidade são a Base para o Upskilling e Reskilling
Durante o evento, Conrado enfatizou que o lifelong learning — o aprendizado ao longo da vida — não é um desafio exclusivo das empresas, mas sim da sociedade como um todo. A noção do lifelong learning e a curiosidade constante são fundamentais para o upskilling (melhoria de habilidades) e o reskilling (requalificação). Incentivar os funcionários a adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo é crucial para que se mantenham relevantes e adaptáveis em suas carreiras. As empresas devem fornecer os recursos e o apoio necessários para promover essa mentalidade.
A aprendizagem corporativa está se transformando profundamente. Compreender e aplicar esses sete insights apresentados por Conrado Schlochauer pode ajudar as organizações a criar uma cultura de aprendizado contínuo e adaptável, essencial para enfrentar os desafios de um mercado em constante evolução. Ao valorizar o aprendizado como um pilar cultural, redesenhar processos, capacitar líderes como facilitadores, incorporar novas habilidades e promover o lifelong learning, as empresas estarão bem posicionadas para o sucesso no futuro.
O evento realizado faz parte de encontros exclusivos da comunidade de RH da Saint Paul. Para saber mais sobre nosso Incompany, clique aqui.