O valuation é um conceito importante para quem trabalha na área financeira. Ele deve ser aprendido por meio de cursos para gerente financeiro, que precisam ser fundamentados na teoria, mas ter uma aplicação prática bastante forte.
Afinal de contas, um tem pouco ou nenhum valor sem o outro. Ensinar o conceito sem mostrar como ele deve ser aplicado só agrega para quem atua na academia.
Por outro lado, as escolas de negócios não formam robôs que decoram e aplicam fórmulas — os alunos precisam entender o que estão fazendo. Eles desejam se formar como analistas, profissionais capazes de aplicar o conhecimento que adquirem em problemas práticos do seu dia a dia.
Para explicar melhor a importância desse conceito para as empresas e para sua formação, neste post vamos indicar melhor o que ele significa e de que forma pode ser aplicado no dia a dia. Acompanhe!
O que é valuation?
Esse é o exercício de atribuir valor econômico para ativos ou empresas. É uma prática complexa, provavelmente uma das mais difíceis quando falamos em finanças corporativas.
Dominar essa “arte” não é simples. Requer muito estudo e aplicação de esforços. É necessário colocar a mão na massa e efetivamente colocar a ideia em prática, discuti-la e defendê-la.
O melhor lugar para começar a adotar esse conceito é na escola de negócios, um ambiente seguro e que permite atuar de modo exploratório. Desse modo, é possível errar e tirar um aprendizado da situação.
No entanto, esse exercício deve continuar na vida profissional e pessoal. A partir disso, haverá maiores consequências, já que não é mais permitido errar.
Como aplicar o valuation?
Há dois métodos de atribuir valor e aplicar esse conceito. O primeiro e mais usual é com base em benchmark, ou comparação. O segundo — e mais preciso — é com base em geração de valor (ou fluxo de caixa).
Esse conceito é aplicado diariamente pelas pessoas em situações cotidianas, como na avaliação do quanto vale um ativo, comparação de preços, termos e condições, e na estimativa de quanto se terá de retorno ao investir em determinado bem.
Porém, quando se trata de adotar esse conceito para uma empresa, deve-se ser mais sistemático. Afinal, as somas e consequências têm dimensões muito maiores. Veja a seguir como aplicar cada um dos métodos citados:
Base em benchmark
É aplicado pela comparação do valor de duas naturezas. Pode-se olhar para as empresas listadas nas bolsas de valores — como a Bovespa —, cuja referência é o preço das suas ações multiplicado pela quantidade de títulos, ou o preço de mercado (market cap). Essa é a metodologia com base em múltiplos de mercado, ou trading comps.
É possível ainda analisar as últimas empresas compradas por outras organizações, porque isso gera um referencial de preço. Essa é a metodologia com base em múltiplas de transações precedentes, ou transaction comps. É importante mencionar que o método do benchmark é usualmente uma metodologia de assessoria.
Base em geração de valor
É o método mais usual de avaliar uma empresa, porque considera a geração de caixa que o empreendimento proporciona. Está baseada no fluxo de caixa descontado, ou discounted cash flow (DCF).
Há pelo menos quatro variações do método:
- fluxo de caixa para firma;
- fluxo de caixa para o acionista;
- fluxo de dividendos;
- análise de fluxos alavancados (leverage buyout analysis).
Essa última variação é menos importante no Brasil. Mesmo assim, é fundamental entender cada uma delas, suas diferenças, quando aplicar cada metodologia e quais são suas limitações.
Se o método mais usual é baseado no fluxo de caixa descontado, é necessário discutir como produzi-lo. Como fazer projeções a partir de informações históricas, elaborar cenários e garantir a consistência do seu plano de negócios são questões que precisam ser trabalhadas em um curso de valuation.
Se o fluxo de caixa projetado — que é matéria-prima para o modelo por DCF — não estiver bem-feita, o resultado não será preciso, mesmo se o analista dominar todas as técnicas de avaliação.
O que deve ser abordado em um curso de valuation?
Um bom curso ensina os fundamentos e explica a teoria, mas também mostra como eles devem ser aplicados. Deve ser completo e discutir os pré-requisitos fundamentais para a prática, como análise de demonstrações financeiras e construção do plano de negócios.
Preferimos a abordagem intuitiva, porque os resultados de cada passo da construção do valuation podem ser interpretados, ao invés de provar matematicamente cada hipótese e consequência da teoria de finanças. É importante lembrar que a teoria às vezes não funciona, e por isso, requer adaptações práticas.
O curso, portanto, deve se concentrar nas melhores práticas de mercado para que o aluno tenha uma ferramenta de referência para futuras aplicações.
Essa é a premissa da Saint Paul Escola de Negócios para seu curso de valuation. Porém, é apenas o primeiro passo. É preciso aplicar e adquirir cada vez mais experiência para alcançar a excelência.
Gostou de entender mais sobre a importância do valuation para as empresas e para sua formação? Aproveite para ler mais acessando o nosso blog!