O que eu faço com o caixa da minha companhia? Esse também é um dos papéis do profissional de finanças dentro de uma empresa. Dentro do planejamento financeiro, ele deve contemplar os melhores tipos de investimentos para a organização.
Para isso, ele precisa saber qual o horizonte para o investimento (curto, médio ou longo prazo), o que a empresa deseja fazer com esse recurso, além, é claro, de mapear o perfil de risco disponível para o negócio.
Supondo que a empresa tenha um caixa razoável, o profissional pode optar por montar um fundo exclusivo, com títulos indexados à taxa SELIC ou DI. Outra opção é comprar CDBs de bancos indexados – neste caso, como existe uma política de risco de crédito, o ideal é que tenha um direcionamento interno para isso.
Em um exemplo prático, podemos dizer que:
Se a empresa tiver R$ 100 milhões de liquidez, o profissional de finanças consegue montar um fundo exclusivo, com uma taxa de administração baixa. Tomando um pouco de risco e crédito privado, ele terá um retorno 105% do CDI. Já se optar por ter um risco de crédito médio, chegará a 108% do CDI.
Agora imaginando que a companhia tenha cerca de R$ 10 milhões de caixa, a opção de montar um fundo exclusivo é mais cara, pois tem muita escala. Neste caso, o ideal seria comprar CDB de banco.
O mais indicado é sempre analisar se o produto que vai escolher para investimento está adequado ao fluxo de caixa empresarial. Por exemplo, não faz sentido optar por uma aplicação de longo prazo, sendo que no próximo mês precisará de crédito.
Por isso, antes de definir o melhor produto, precisa verificar a política de liquidez e de risco de crédito para operações financeiras ativas, fazendo uma análise de investimentos.
Depois de definida a política de liquidez e o produto a ser investido, o profissional de finanças deve fazer diversas cotações com instituições financeiras. O processo é o mesmo de quando vamos comprar algum bem para consumo próprio. O importante é ir em busca das melhores oportunidades de mercado.
Procure não ficar dependente de dois ou três bancos. É fundamental ter diversidade. Além disso, busque condições mais favoráveis nas instituições em que têm volume de negociação.
Estruture isso adequadamente, pois será dessa forma que terá tranquilidade e segurança para tomar a decisão certa. Além do mais, não se esqueça de aprovar as decisões de investimentos com o corpo diretivo. É sempre importante ter a certeza de que todos estão de acordo com as decisões que serão tomadas.