Não importa o quão criativo ou inovador seja o seu negócio, para que ele dê certo é necessário saber planejar os custos. Essa é uma prática fundamental na gestão de qualquer empresa, já que traz os números necessários para tomar decisões assertivas e decidir pelas melhores estratégias.
Claro que isso não significa que você precisa ser um "expert" no assunto para iniciar um projeto, mas compreender o básico é essencial para estar no controle do negócio. Em aula online exclusiva para alunos LIT, o Prof. Dr. José Renato Jardim ensinou os fundamentos da gestão de custos.
O essencial para planejar os custos da sua empresa
Custo é investimento
Apesar da palavra custo normalmente ter uma conotação negativa, é preciso entender que ela também significa investimento para a empresa. Por exemplo, a implementação de Inteligência Artificial para tornar os processos mais eficientes trará um gasto, mas ao mesmo tempo pode garantir benefícios como mais rapidez na produção que, por sua vez, se traduzirá em vantagem competitiva frente aos concorrentes.
Ou seja, custo, se bem gerenciado, é capaz de gerar valor para o negócio e, por isso, é necessário pensá-lo de maneira estratégica. O professor explica que o principal problema relacionado a este tema é que, quando não há controle dos custos, ele começa a crescer sem gerar valor, se tornando um gasto desnecessário.
É importante ressaltar também que tudo depende do momento, tanto interno quanto externo, que a empresa está vivendo. Épocas de crescimento pedem por investimentos que vão melhorar ainda mais os resultados, enquanto uma crise terá como principal prioridade a sobrevivência do negócio.
Diferencie o que é custo, despesa e perda
Para saber administrar os gastos do seu negócio é preciso primeiramente diferenciá-los, entendendo o papel de cada um na gestão. Custos estão atrelados à produção, ou seja, obrigatoriamente aquele valor tem que ser revertido em algum produto ou serviço. Já despesa está ligada à gestão e administração, sempre com o objetivo de dar suporte para a área de produção. Por último, temos as perdas, que representam um evento anormal no qual o dinheiro é desperdiçado.
O que é variável e o que é fixo?
Depois de entender o que é custo e despesa ainda é preciso encaixá-los em duas classificações: variável e fixo. A diferença entre elas é simples, a primeira sofre alteração de acordo com os resultados das vendas, enquanto a segunda é um gasto que permanece o mesmo, independentemente do quanto a empresa lucrou no período. Confira alguns exemplos:
- Custo fixo: aluguel e salário;
- Despesa fixa: orçamento definido anualmente para o marketing, por exemplo;
- Custo variável: matéria prima, mão de obra e embalagem;
- Despesa variável: comissão e frete.
Margem de contribuição
Depois de diferenciar os seus gastos, está na hora de colocar os números na ponta do lápis:
"A margem de contribuição é um resultado que contribui para pagar o que pode quebrar a sua empresa: os gastos fixos. São eles que você tem que controlar o máximo possível", ressalta José Renato.
Ponto de equilíbrio
Em linhas gerais, para que seu negócio não dê prejuízo é preciso que ele cubra todos os gastos e é necessário se planejar para que isso aconteça. Por isso, é primordial calcular o ponto de equilíbrio, ou seja, o mínimo que precisa ser vendido para pagar as despesas e custos fixos:
O ponto de equilíbrio é um cálculo essencial para planejar os custos, sendo um ponto chave para a gestão. "Esse número valida se vale a pena abrir o seu negócio. É muito importante para você tomar decisões", conclui o professor.
Esse é o essencial de planejamento de custos que todos aqueles que gerem um negócio devem saber, mas isso não quer dizer que você precisa parar por aqui. Quanto mais conhecimento, melhor! Conheça alguns cursos do LIT que podem te ajudar a se aprofundar no assunto:
Seja você também protagonista da sua aprendizagem e experimente o LIT com 7 dias grátis: