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Finanças para startups: O que devo saber para começar? - Blog LIT
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Finanças para startups: O que devo saber para começar?

Com espírito empreendedor, ideias inovadoras e pensamento no crescimento exponencial, as startups vêm ganhando cada vez mais espaço. Elas nascem do desejo de fazer diferente, podendo inovar em áreas que funcionavam da mesma forma há gerações e, por consequência, transformar totalmente o mercado no qual estão inseridas. Esses e outros motivos criaram marcas valiosas - e, se pensarmos em exemplos de sucesso como Netflix, Google e Uber, fica até fácil entender o porquê.

Criar uma startup de sucesso não se trata apenas de ter uma grande ideia. Entre os pontos a avaliar para um negócio próspero, as finanças estão no topo da lista. Em 2019, o portal CBinsights publicou uma pesquisa com 101 startups que não deram certo para descobrir os motivos que as levaram ao fracasso. Constatou-se que 55% das razões estavam ligadas às finanças. 

Vice-reitora da Saint Paul Escola de Negócios e professora do LIT nos cursos Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimentos, Métodos Quantitativos Aplicados aos Negócios e Finanças Corporativas I - Custo de Capital, a Profa. Dra. Bruna Losada falou recentemente sobre o tema em uma aula online exclusiva para alunos LIT.

Autora do livro Finanças para Startups: o essencial para empreender, liderar e investir em startups, a professora deu algumas dicas para empreendedores que desejam aprofundar seus conhecimentos no tema - estudado por ela em seu pós-doutorado na Columbia University.

Finanças para startups: O que não perder de vista

Antes de tudo, entenda o seu modelo de negócio 

É necessário encaixar sua startup em um modelo de negócio de inovação. Revisite seu projeto para saber se a ideia é viável, se há mercado para ela, se ela é lucrativa e, principalmente, se é possível vislumbrar um crescimento exponencial, o que configura uma startup. 

Bruna reitera que, no início, o ideal é ter pouco dinheiro. Como assim? "Se você está em um momento farto em liquidez, isso é um incentivo para desperdiçar recursos. E, no caso de uma startup, quando você ainda não validou seu modelo de negócio, estudos mostram que ter abundância no caixa leva ao desperdício", explica.

Na prática, o que funciona melhor é seguir uma das principais regras das startups: o erro e a tentativa. Com pouco caixa disponível, a pressão e eficiência são maiores, estimulando a empresa a se reinventar mais rápido. 

Como irá financiar sua startup?

Seja no início ou durante o crescimento da sua startup, é necessário dinheiro para sustentar o negócio ou investir em estratégias que ajudarão na evolução da empresa. Existem algumas formas de conseguir os valores necessários. As mais conhecidas são: 

Bootstrapping: 

Nada mais é do que investir o seu próprio capital na sua startup. A principal vantagem aqui é não ter que abrir mão do controle do seu negócio. 

Crédito:

Um empréstimo no banco é sempre uma opção, já que é possível conseguir o dinheiro necessário sem abrir mão do controle da startup. Porém, a professora alerta: “O lado ruim é que são necessárias condições para pagar a dívida e os juros. Logo, o empréstimo é viável só para aquele momento em que você tem um conforto para a geração de caixa”.

Investidores:

Uma opção muito comum no universo das startups é a procura por um investidor que, em troca do dinheiro, terá também uma fatia da empresa. Há muitas modalidades de investidores, mas a principal dica é escolher uma pessoa que tenha os mesmos interesses para o negócio que você. "Em startup é comum ver a empresa se drenar em relações conflituosas com investidores", explica Bruna. 

Foco nas boas práticas de finanças

Assim como qualquer empresa, é necessário aplicar as boas práticas de finanças corporativas para evitar problemas no futuro. No caso das startups, isso é ainda mais necessário: por trabalharem sempre com cenários incertos, a margem para erro é ainda menor. 

Bruna cita algumas perguntas que podem guiar o dia-a-dia:

#1 Como está sua proposta para formação de preço?
#2 Qual o seu ponto de equilíbrio no atual modelo da startup?
#3 Qual é seu burn rate? 

Qual o valor do seu negócio?

São muitos os modelos usados para dizer qual o valor de determinada empresa, o conhecido valuation. Porém, quando se trata de startups, estamos falando de negócios totalmente inovadores em contextos incertos. “Não existe garantia de rentabilidade em startup, essa é a lógica da inovação”, lembra Bruna. 

Ela explica que, na hora da avaliação, a decisão acaba passando mais pela negociação do que propriamente por números. "Crie uma linha de argumentação que amenize os desconfortos gerados pela incertezas", aconselhou, acrescentando ainda a necessidade de ser transparente e apresentar planos alternativos que tragam segurança para os futuros investidores. 

Quer continuar evoluindo em seus conhecimentos em Finanças para Startups? No LIT, plataforma digital de educação executiva da Saint Paul Escola de Negócios, você encontra alguns cursos que te ajudam a chegar lá, como:

Análise de Viabilidade Econômica de Projetos de Investimentos

Finanças Corporativas: Gestão do Capital de Giro

Criatividade, Inovação e Empreendedorismo

Trilha Empreendedorismo

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