No mundo pós-moderno, onde a comunicação é instantânea e as redes sociais são onipresentes, a ideia de "marca pessoal" tem se tornado cada vez mais relevante. Durante o evento online “Construindo Sua Marca Pessoal”, exclusivo para membros do Programa de Mentoria 2024 da Saint Paul, Susana Arbex, Conselheira e autora do livro “Sua Marca Pessoal”, elucidou de maneira clara e prática o conceito de marca pessoal, destacando a importância de entender e gerenciar a forma como somos percebidos pelos outros.
Assim como as marcas de produtos e serviços evocam determinadas percepções na mente dos consumidores, Susana explicou que as pessoas também têm uma marca associada ao seu nome. Quando ouvimos nomes de marcas conhecidas, imediatamente associamos a elas certos atributos e valores. Da mesma forma, as interações e impressões que causamos nos outros levam à formação de percepções sobre quem somos. Essas percepções são, muitas vezes, simplificadas, mas têm um impacto significativo em como somos vistos e, consequentemente, em nossas oportunidades pessoais e profissionais. “Nós não temos só uma marca, nós somos uma marca” destacou Suzana.
Um dos pontos centrais do evento foi a necessidade de estar consciente do processo de formação da nossa marca pessoal. Susana enfatizou que, em vez de deixar que essas percepções se formem de maneira aleatória, devemos assumir o protagonismo de nossa própria narrativa. Ela incentivou os participantes a refletirem sobre quais atributos desejam que os outros percebam neles e a serem intencionais em suas ações, falas e escolhas para fortalecer esses atributos. No entanto, Susana deixou claro que construir uma marca pessoal não é sobre inventar uma personagem fictícia, mas sim sobre compreender quais aspectos da nossa identidade são mais relevantes para alcançar nossos objetivos futuros.
Uma das grandes preocupações ao se falar de marca pessoal é como equilibrar autenticidade e relevância sem cair na armadilha da superexposição. Susana abordou essa questão com sensibilidade, explicando que ser autêntico não significa falar tudo o que se pensa, mas sim agir de acordo com nossos valores e essência. Ela ressaltou que a relevância de nossa marca pessoal deve estar sempre ligada ao valor que geramos para os outros, e não à autopromoção excessiva. Segundo Susana, a superexposição pode ser prejudicial, levando os outros a nos perceberem como pessoas sem empatia ou noção das realidades alheias. Um dos questionamentos abordados por ela para reflexão foi: “Isso que estou falando tem valor para a outra pessoa ou estou falando por causa do meu ego?”.
Para ajustar a percepção que os outros têm de nossa marca pessoal, Susana destacou a importância de buscar feedback sincero. Esse feedback deve ser obtido de maneira respeitosa e comparado com a nossa autopercepção, para que possamos fazer ajustes necessários em nossa imagem. Além disso, Susana abordou a questão da síndrome do impostor, sugerindo que, por meio de exercícios de autoconhecimento, podemos reconhecer nossos talentos e habilidades, reforçando a confiança em nossa própria marca.
A construção de uma marca pessoal autêntica e relevante é um processo contínuo que exige reflexão, intencionalidade e equilíbrio. Como Susana destacou, não se trata de criar uma máscara para agradar os outros, mas de entender e fortalecer os aspectos mais importantes da nossa identidade. Ao assumir o controle da nossa narrativa, agir de forma autêntica e buscar constantemente o feedback, podemos moldar a forma como somos percebidos e alcançar nossos objetivos com mais clareza e propósito.
O Programa de Mentoria da Saint Paul reúne alunos e alunas dos High Impact Programs e MBAs Executivos, promovendo o autoconhecimento e formando uma sólida rede de apoio. Esse ambiente colaborativo impulsiona o aprimoramento profissional, resultando no máximo desenvolvimento acadêmico e técnico dos líderes de amanhã.