Falar com o profissional de finanças sobre a importância de analisar os números corretamente parece chover no molhado, não é? Mais ou menos. Para realizar qualquer análise financeira e elaborar relatórios gerenciais, é necessário se basear em dois pilares importantes: o conhecimento profundo do negócio e o entendimento sobre contabilidade.
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Boa leitura!
No que se refere ao primeiro pilar, o conhecimento do negócio, é crucial que o profissional de finanças compreenda detalhadamente a origem de cada linha das receitas da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). Se você não tiver um conhecimento profundo de onde surgem as receitas, será impossível conduzir uma análise financeira precisa.
Conhecer profundamente o negócio significa entender de onde vêm as receitas, quais produtos/serviços sua empresa vende, em quais mercados (nacional/internacional) atua, quais são os custos da organização por área e se os produtos são produzidos internamente ou terceirizados.
Os exemplos de DRE, quando isolados, não dizem nada. São apenas dados financeiros frios. Por isso, antes de qualquer cálculo, é fundamental mergulhar nas atividades da empresa. Essa é uma lacuna comum que muitos profissionais de finanças ainda precisam superar.
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Para ilustrar, durante muitos anos, a Avon se definia como uma empresa de logística e não de cosméticos, pois sua malha logística era a chave para comercializar qualquer produto – uma informação essencial para qualquer análise financeira.
Se a organização tiver capital aberto e for negociada na bolsa de valores, uma dica importante é explorar o conteúdo gerado pela área de Relações com Investidores (RI), disponível no site da empresa. Normalmente, essa área oferece dados financeiros valiosos, que muitas vezes são desconhecidos pela própria equipe de finanças.
Além disso, é fundamental se comunicar com outras áreas da empresa, ler jornais especializados e acompanhar blogs e sites de profissionais de finanças para ter uma visão ampla do setor.
Existem diversos modelos de DRE: o societário, que é obrigatório, e inúmeras versões gerenciais desenvolvidas internamente nas empresas.
Mas como isso se conecta à contabilidade?
O profissional de finanças utiliza as demonstrações contábeis como base para a análise financeira. Se o conhecimento contábil for limitado, a análise será superficial, pois o entendimento dos dados financeiros também será parcial.
Desde meados de 2007, a contabilidade brasileira está em processo de convergência com normas internacionais (IFRS), o que torna a uniformização dos procedimentos contábeis essencial. A aplicação das normas IFRS permite evidenciar de maneira transparente as informações sobre a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa das organizações, elementos cruciais para uma análise financeira robusta.
Para acompanhar as mudanças na contabilidade, vale consultar o site do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis). Embora o conteúdo seja técnico, ele oferece todas as atualizações necessárias para se manter atualizado no campo da contabilidade. Além disso, realizar cursos que abordam as mudanças contábeis e como elas afetam a análise financeira pode ser uma excelente forma de ampliar seus conhecimentos.
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Dominar o conhecimento do negócio e as nuances da contabilidade é fundamental para qualquer profissional de finanças que deseja realizar uma análise financeira de alto nível. Se você quer se aprofundar nesses temas e garantir que suas decisões sejam sempre embasadas em dados financeiros precisos, a Formação de Analista Financeiro da Saint Paul é o caminho ideal.
O curso oferece as ferramentas e os conhecimentos necessários para que você possa transformar dados financeiros em insights estratégicos para o crescimento do seu negócio.
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