As vendas começaram a cair, o índice de inadimplência está alto e as contas não param de chegar. Na tentativa de reverter a situação e ganhar um fôlego extra, a estratégia de boa parte dos profissionais de finanças nessa hora é cortar custos.
Mas será que essa é a solução ideal?
Nem sempre. O ideal é que o corte de custos seja uma iniciativa planejada dentro da organização e não feita em momento de sufoco. A chance de tomar uma decisão que vai trazer prejuízo a médio e o longo prazo é alta ao agir dessa maneira e pode trazer graves consequências para o bom funcionamento da operação.
Conheça os principais erros cometidos na hora de cortar custos:
– Agir com base no ‘calor da emoção’. Faça uma análise de orçamento criteriosa antes de sair cortando todas as despesas que considera extra nesse momento.
– Não planejar a melhora dos custos. Não espere a ‘corda ficar no pescoço’ para concluir que o aluguel está caro. Essa é uma análise que deve ser feita com antecedência. Trocar de sala de uma hora para outra pode trazer um custo extra muito maior com reforma, contratação de arquiteto, mudança e etc. O ideal é sempre avaliar cada cenário e ter um plano B para cada situação.
– Fazer demissões apenas para reduzir o valor da folha de pagamento. As demissões que não têm um planejamento prévio podem trazer mais complicações do que melhoria para a empresa. Antes de tomar uma atitude dessa é preciso ter desenhado o processo de substituição daquele profissional, fazer o cálculo da rescisão, analisar se o seu papel não é estratégico dentro da companhia e etc.
– Reduzir o custo de produtos. Por exemplo, produzir um carro com ar condicionado é mais caro do que montar um modelo sem esse acessório. Porém, a preferência dos compradores é por veículos com ar condicionado. Sendo assim, seria um grande erro cortar o custo desse equipamento no momento da produção. Isso refletiria em queda nas vendas.
– Terceirizar o core business. A terceirização é realmente uma das melhores formas de reduzir custo e manter a qualidade. Porém, é preciso saber o que terceirizar. Uma rede de lanchonetes, por exemplo, não deve terceirizar a produção dos hambúrgueres. Esse é o coração do seu negócio.
– Olhar o caixa e não resultado. O caixa sempre dará o reflexo do que está acontecendo hoje na empresa. Por isso, é preciso analisar o resultado, pois é a partir dele que você terá uma visão a médio e longo prazo.
E não se esqueça: para melhorar os custos de uma empresa é essencial ter um orçamento rigoroso atrelado ao planejamento estratégico. É isso o que vai fazer sentido na hora de tomar uma decisão.