Quando falamos sobre startups, o lugar comum é pensar em produtos ou serviços inovadores, criatividade, empreendedorismo e, em alguns casos, muito dinheiro envolvido.
Sim, tudo isso faz parte do universo dessas empresas, porém às vezes esquecemos que, no fim do dia, o investimento precisa apresentar resultados.
É aí que entra a necessidade de fazer o valuation de startups, a fim de identificar o quanto o negócio realmente vale.
Como é feito o valuation de startups?
Avaliar esses empreendimentos não é algo simples, visto que são iniciativas extremamente jovens, lidando com mercados nunca explorados e novos modelos de produtos ou serviços.
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Com a missão de clarear essa questão, foi realizada uma aula online exclusiva para alunos da plataforma de cursos online da Saint Paul com a Profa. Dra. Bruna Losada, vice-reitora da Escola de Negócios.
Autora do livro “Finanças para Startups: o essencial para empreender, liderar e investir em startups”, a professora deu algumas dicas para empreendedores que desejam aprofundar seus conhecimentos no tema - estudado por ela em seu pós-doutorado na Columbia University.
Anote algumas dicas para ter em mente na hora de fazer o valuation de Startups:
A lógica invertida
Em empresas consideradas tradicionais, o valuation é realizado com base em números do passado da organização, como uma forma de projetar os resultados do futuro e definir qual o seu valor.
Porém, a realidade é outra quando falamos em startups. Por serem muito jovens, praticamente não existem números do passado a serem analisados.
Bruna explica que o segredo é inverter a lógica: ao invés de se basear no que já aconteceu, defina o valor a partir do que ainda não aconteceu. "Se você não tem passado, vá para frente e pense: 'e se tudo der certo?' Esse é um dos pilares que diferenciam o valuation de startups", diz.
A professora alerta que não podemos deixar a nossa imaginação simplesmente voar. É preciso refletir se os números criados para o futuro são razoáveis. "O bom senso é uma das principais etapas do processo", completa.
Afinal, o que você está vendendo?
Na velha economia, baseada na indústria, o produto vendido possuía uma unidade. Ou seja, comprava-se um carro, uma casa ou uma camiseta. Na Nova Economia, baseada em serviços, vemos essa lógica mudando.
São exemplos disso empresas como Uber e Airbnb. Você não compra um carro ou casa, mas sim a possibilidade de fazer uma viagem ou viver em determinado lugar por um período. A base de tudo é a experiência.
Isso transforma tudo na hora de fazer o valuation de startups. "Muda a noção de unidade do seu negócio, de unidade de venda do produto para unidade de aquisição de um cliente", explica Bruna.
Método padrão
Já sabemos que a melhor forma de precificar uma startup é se baseando no futuro. É claro que essa não é uma matemática exata, mas a professora destaca o uso do método padrão de Metrick e Yasuda, como você pode ver na figura abaixo.
Segundo ela, o método ajuda a identificar o que de fato é um risco, o que se sabe ou não sobre o modelo de negócios e como refletir se os números são razoáveis.
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