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Utilizar redes sociais para boa avaliação de crédito? - Saint Paul

Escrito por Saint Paul | 14/09/2016 00:00:00

Cada vez mais as instituições financeiras têm feito uso de novas ferramentas para avaliação de crédito. Algumas delas estão se especializando em perceber os traços comportamentais dos clientes a fim de evitar a inadimplência dos seus clientes.

 

Em um país como o Brasil, no qual 116 milhões de pessoas estão conectadas à internet, as redes sociais podem dizer muito sobre cada pessoa.

 

Redes sociais e avaliação de crédito

 

O processo de fazer das redes sociais uma aliada na avaliação de crédito é bastante recente. As que mais se utilizam dessas ferramentas são principalmente as fintechs, empresas que unem tecnologia a serviços financeiros.

 

A Doutora e Coordenadora Acadêmica da Saint Paul Escola de Negócios, Lilian Carvalho lembra que antes das redes sociais, a avaliação de crédito exigia um esforço extra por parte do banco para identificar se o que o cliente estava falando a verdade ou não.

 

“Naquela época não tinha essa questão de geolocalização. Então, dependendo do caso, a gente era orientado a fazer visitas para os clientes para ver se aquilo que ele estava informando era real. Com as ferramentas que se dispõe hoje, basta cruzar alguns dados com mapas na internet e é possível identificar se a informação procede ou não.”, comenta.

 

Com tantas ferramentas, aplicativos e as próprias redes sociais, hoje as companhias conseguem analisar de maneira bem mais rápida e fácil a vida de seus clientes. 

Ao fazer uma visita no perfil da pessoa, é possível descobrir, por exemplo, se a renda que ela mostra que ganha é compatível com o que declara.

 

“Em relação às redes, a gente já faz análise de texto para identificar a propensão ao risco ou tipo de personalidade. Ela vai mostrar o quanto aquele cliente é de risco ou não ou o quanto ele é impulsivo ou menos impulsivo. Certos tipos de palavras são associadas a certos tipos de personalidade. E esse uso do texto está cada vez mais sofisticado na questão da avaliação de crédito também”, explica Lilian.

 

Um exemplo bem prático disso é quando uma empresa que solicita crédito diz ter representação comercial no país inteiro. A instituição pode, a partir da geolocalização, comparar se os endereços fornecidos realmente existem. Ou ainda em situações que a pessoa diz estar com uma situação financeira complicada, mas publica fotos em restaurantes caros e participando frequentemente de festas.

 

Empresas apostam nessa análise alternativa

 

Quando o assunto é redes sociais e avaliação de crédito, as empresas do exterior lideram na adoção de novos meios para analisar se uma pessoa tende à inadimplência. No Brasil, ainda são poucas as companhias que adotam tais medidas, mas algumas já estão dando o exemplo.

 

Como dissemos anteriormente, as fintechs são as que mais apostam no uso de novas ferramentas para avaliação de crédito dos seus clientes. A filipina Lenddo, por exemplo, utiliza big data, machine learning e a análise de redes sociais. Já na Banqu, o uso de blockchain ajuda a dar uma identidade financeira àqueles que não conseguem acessar os mercados globais, apesar de ter capacidade de produzir e sair da pobreza.

 

Outro exemplo vem do Reino Unido, no qual a maior seguradora do país, a Aviva, identificou 10 tipos de personalidade financeira para apontar em qual deles o poupador se encaixa.

 

Identificando o perfil que o cliente, às vezes, tenta esconder

 

Muito mais do que usar novas ferramentas para avaliação de crédito, as financeiras fizeram da tecnologia uma aliada para identificar falsas informações dadas pelos clientes. A professora Lilian comenta que em entrevistas para o fornecimento de empréstimos, por exemplo, dificilmente quem é irresponsável com as finanças vai declarar seu perfil.

 

“A tendência é que o mau pagador omita, e até minta, sobre alguns fatos. Ou mesmo diga coisas que o entrevistador queira ouvir, o que enviesa aquela entrevista. Agora, aliando a avaliação de crédito com redes sociais, a pessoa não consegue o tempo todo passar uma imagem daquilo que ela não é”, reforça.

 

Para quem se interessa pelo assunto, a professora Lilian indica a leitura do livro “Everybody Lies: Big Data, New Data, and What the Internet Can Tell Us About Who We Really Are” de Seth Stephens-Davidowitz. 

 

A obra mostra como é possível buscar a personalidade de uma pessoa e seu real comportamento triangulando os dados de rede social, buscas, sensores no celular e costumes de filmes e séries online. Impressionante, não é mesmo?

 

Gostou de saber como as novas ferramentas para avaliação de crédito podem otimizar a identificação dos perfis dos clientes e o processo em geral na área? Em nosso blog você confere muitos outros assuntos relacionado a finanças. Até a próxima!

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