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Gestão

Indicadores cruciais para planejamento e gestão estratégica de custos

Conhecer e controlar as receitas, custos e despesas de uma organização é um passo fundamental para garantir a saúde financeira e a viabilidade dos negócios. No entanto, sabe-se que alguns gestores ainda cometem o grave erro de preocuparem-se somente com o valor que está no caixa no final do mês, deixando de lado a importância de conhecer o percurso que o dinheiro faz para chegar até ali.

 

Sem esse conhecimento, uma série de falhas significativas podem ocorrer na execução do planejamento e gestão estratégica, causando possíveis dificuldades financeiras relevantes para os negócios. É comum encontrarmos empresas, por exemplo, que praticam preços de venda abaixo dos custos e despesas variáveis, de forma que mesmo vendendo maiores volumes, o prejuízo não se reduz!

Sendo assim, a gestão de custos e preços é uma etapa extremamente importante para garantir o crescimento sustentável dos negócios, sempre visando à maximização dos retornos e permitindo tomadas de decisões seguras e assertivas.

Veja a seguir quatro indicadores financeiros para apoiar a análise da gestão estratégica dos negócios, bem como outros conceitos essenciais para a gestão estratégica de custos.

 

1 – Rentabilidade

Um importante papel desse indicador é mostrar para os sócios ou investidores se o negócio é viável economicamente, ou seja, se está alcançando o retorno esperado.

Ao utilizá-lo, o gestor consegue descobrir se o seu acionista está sendo remunerado de forma a compensar a taxa mínima de atratividade, ou uma medida de expectativa de retorno do investidor. Trata-se de um indicador altamente estratégico, que deve apresentar bons patamares a médio e longo prazo, e constitui o grande objetivo dos negócios.

 

2 – Margem de lucro

Esse indicador está diretamente associado com a gestão de custos, já que aponta se a venda está tendo ganhos na última linha ou não. Ao calcular a margem dos produtos e serviços, o gestor consegue identificar se está sobrando lucro para o sócio depois de pagar todas os custos e despesas da empresa.

É importante ter em mente que apenas vender auferindo lucros não é o suficiente. É preciso vender de forma tal que se obtenha sucesso em atingir a rentabilidade esperada pelo acionista.

 

 3 – Giro

Os indicadores de Giro têm por finalidade analisar os volumes vendidos nos negócios. Através da análise do giro é possível analisar, por exemplo, se a empresa está vendendo mais ou menos do que se pontuou de equilíbrio no negócio.

Na hora de fazer a gestão de custos é importante lembrar que os indicadores de margem e giro são complementares e caminham juntos, uma vez que não adianta vender grandes quantidades de itens que tenham margens negativas.

Através de uma análise conjunta entre margens e volumes de diferentes produtos, é possível também analisar a eficiência do portfólio da empresa, buscando mapear os itens com mais ou menos saída, por exemplo, ou aqueles que mais ou menos contribuem para a geração de lucros na empresa. É possível, portanto, traçar estratégias para chegar num mix de vendas que melhore a lucratividade do negócio.

 

4 – Endividamento

A análise do endividamento da empresa é essencial para o entendimento da saúde financeira e dos riscos no negócio. Essa etapa é fundamental para mostrar ao executivo se a empresa tem condições de pagar as obrigações associadas às dívidas, tanto no que se refere ao pagamento dos juros bancários como capacidade de pagamento do principal.

Os quatro grupos de indicadores acima permeiam a análise estratégica de performance e riscos nos negócios. Porém, para a gestão estratégica de custos, vale uma atenção especial aos indicadores de margem. Colocando um microscópio nesse grupo de indicadores, conseguimos compreender conceitos de formação de preços, levando em consideração todos os custos e despesas incorridos, bem como lucro meta.

 

O custeio variável: gastos fixos e variáveis

Ao fazer a gestão de custos é necessário analisar a estrutura geral de custeio, ou seja, desmembrar os gastos dentre fixos e variáveis. Considera-se fixo, aquele custo ou despesa que vai existir independente da operação estar em pleno funcionamento ou não, ou seja, independente do volume produzido e vendido em determinado período.

Por exemplo, mesmo que ocorra uma greve de funcionários e a produção pare, as despesas com aluguel e folha de pagamento continuarão existindo. Já os gastos de natureza variável são os que surgem sazonalmente. A matéria-prima é um bom exemplo de custo variável, bem como as comissões de venda, que são gastos de natureza variável. Se a empresa não produz, não será necessário investir em matéria-prima.

Nesse sentido, caso o gestor deixe de fazer uma análise sobre os gastos fixos e variáveis, há uma grande possibilidade de tomada de decisões equivocadas. Para exemplificar, imagine uma situação que em que se tenha um gasto variável de R$ 10 para produzir um produto, enquanto ele está sendo vendido a R$ 8. Quanto mais se vende, maior é o prejuízo, certo? Pois a cada unidade vendida, há uma perda de 2 reais. Nesse caso, diz-se que a empresa tem uma margem de contribuição negativa em 25%, sendo calculada como [ – 2/8 = – 25%].

Apesar dessa análise parecer óbvia, o problema é mais comum do que se imagina nas empresas. E isso ocorre porque, muitas vezes, o gestor não consegue identificar que a margem de contribuição está negativa, perdido em meio à falta de informações e de indicadores de controle nos negócios.

Por outro lado, para esse mesmo produto cujos gastos variáveis são de 10 reais, caso ele seja vendido por qualquer preço acima de 10, então cada real adicional irá contribuir para o pagamento de gastos fixos e/ou geração de lucros. Dessa forma, a venda a um preço superior a 10 contribui para a geração de lucros – ou pelo menos minimização de prejuízos – no negócio.

Para exemplificar, vamos supor o caso de uma companhia aérea. Diversos lugares já foram vendidos, de forma que o voo irá acontecer, mas ainda restam assentos disponíveis. Na tentativa de melhorar a rentabilidade da operação, a companhia decide fazer uma promoção para eliminar os lugares disponíveis. Qual o preço que se deve considerar nesta promoção? Para saber isso, é preciso conhecer os custos variáveis de cada passageiro. Suponhamos agora que o único gasto variável do passageiro seja aquele associado à sua refeição a bordo. Se o custo for de R$ 30 pela refeição, qualquer preço que exceda esse valor já irá compensar colocar o passageiro em um assento vazio, pois irá contribuir com ganhos para um voo cujos gastos fixos já serão pagos de qualquer forma!                                         

Com esse conjunto de indicadores é possível começar a planejar e controlar os gastos de uma empresa. A partir daí, por exemplo, o gestor pode chegar a identificar o ponto de equilíbrio do negócio, bem como tecer outras análises econômico-financeiras diversas.

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