Durante muito tempo, a educação foi pensada como um linha de tempo com começo, meio e fim. Porém, hoje vemos que a atualização profissional e pessoal é um processo contínuo. Segundo o relatório The enterprise guide to closing the skills gap, da IBM, a vida média das competências ensinadas diminui cada vez mais rápido - e é preciso encontrar novas maneiras de continuar a aprender para ser relevante ao mercado.
Pensando dessa maneira, o formato tradicional de enxergar a educação não faz mais sentido, certo? Assim sugere o conceito de Lifelong Learning - ou aprendizagem ao longo da vida, em português -, no qual estudiosos da área enxergam a necessidade de um retorno à escola para enfrentar novas situações, tanto da vida privada quanto profissional.
O tema - retratado no livro Onlearning: como a educação disruptiva reinventa a aprendizagem - é um dos fundamentos da criação do Onlearning (conceito que já explicamos aqui) pelo idealizador do LIT e CEO da Saint Paul Escola de Negócios, Prof. Dr. José Cláudio Securato. Na obra, ele conta que, na década de 1970, grandes instituições voltaram seus olhares ao Lifelong Learning.
A proposta da Unesco, por exemplo, dispõe que o processo de ensino-aprendizagem não deve ser interrompido após a conclusão do que atualmente equivaleria aos ensinos médio, tecnológico ou superior.
Do ponto de vista prático, todos os conceitos que surgiam naquela época tinham como característica:
> A necessidade de pensar a educação e o aprendizado para além da infância e da adolescência;
> A experiência de aprendizagem, contendo dois objetivos complementares: vocacional (com o objetivo de aumentar a qualificação técnica) e social (a fim de buscar o desenvolvimento da cidadania e a emancipação de cada um);
> A existência e necessidade de pensar a educação fora da escola, em ambientes formais e informais.
Segundo Securato, o conceito de educação ao longo da vida é uma das chaves de acesso ao século 21. Ele supera a tradicional distinção entre educação inicial e permanente, e responde o desafio desencadeado por um mundo em rápida transformação.
Além disso, abre portas para uma educação mais democratizada, oferecendo uma segunda ou terceira oportunidade, respondendo a sede de conhecimento e permitindo a superação de si mesmo. Também aprimora e amplia formações práticas, exigidas na vida profissional.
Um exemplo da importância desse conceito vem da época anterior à sua concepção: as décadas pós-guerra, principalmente no fim dos anos 1960, quando escolas e universidades lidavam com a dificuldade de receber de volta alunos-soldados com um hiato educacional em virtude do serviço militar - com experiências, idades e condições familiares diferentes dos demais.
A Unesco considera o lifelong learning tão vital para a humanidade que criou o Unesco Institute for Lifelong Learning. Focado em educação para adultos com educação continuada, alfabetização e a educação básica não-formal, tem atenção especial a grupos não-privilegiados em países mais afetados pela pobreza e por conflitos.
O LIT, plataforma digital de educação executiva idealizada por Securato, considera o lifelong learning como um de seus fundamentos mais importantes. Você pode conhecer a experiência LIT clicando aqui.