As empresas precisam encontrar maneiras de inovar para se destacar no mercado. No entanto, uma das principais dificuldades é com relação à contratação de profissionais, que devem ter o perfil adequado. É nesse momento que aparece a importância de ser uma marca empregadora.
Esse é um conceito novo, mas que é imprescindível para empresas que buscam entender como atrair talentos. Dessa forma, é possível se reinventar de acordo com o mercado, que está cada vez mais exigente e dinâmico.
Para entender melhor esse contexto e o conceito de marca empregadora, neste artigo vamos abordar a importância de adotar essa estratégia e qual é o papel do líder nesse processo.
Os modelos industriais antigos, de alguns anos atrás, seguiam processos fechados e regras rígidas. Esse formato servia até há aproximadamente 30 ou 40 anos, porque o ambiente era mais fabril.
Naquela época as organizações tinham uma postura mais passiva, em um mundo ainda mecanicista com o foco nos produtos.
Atualmente, as empresas precisam adotar uma postura diferente. O foco são os serviços para o cliente final e a organização precisa contar com profissionais talentosos para verdadeiramente se destacar.
Essa questão modificou o cenário e fez com que uma nova relação fosse estabelecida entre a companhia e seus colaboradores, especialmente os mais talentosos.
Essa expressão vem do inglês employer branding e está sendo cada vez mais utilizada nas organizações. A ideia de marca empregadora é que as empresas modifiquem sua postura para atraírem os profissionais mais talentosos do mercado.
Assim, quebra-se um paradigma. Ou seja, antes as pessoas se formavam e começavam a procurar empregos. As empresas se tornavam passivas nesse processo e criavam um banco de talentos, do qual retiravam o material humano de que necessitavam.
Hoje em dia, o contexto é o inverso. Os profissionais, principalmente os mais talentosos, escolhem as organizações em que desejam trabalhar. Nesse processo, as companhias os disputam por meio de sua apresentação.
Isso significa que a empresa precisa se mostrar para o mercado, a fim de conquistar clientes, e também para o mercado de trabalho, com o objetivo de atrair talentos. A finalidade é se apresentar como uma organização que entrega bons produtos e serviços, mas que também é boa para se trabalhar.
O RH precisa ter um trabalho estratégico. Afinal, o grande intuito de se tornar uma marca empregadora é atrair e reter talentos. Porém, é necessário que esses profissionais tenham uma qualificação diferente, sejam experientes, tenham um estudo diferenciado (por exemplo, tenham cursado um MBA).
Diante desse contexto, o RH estratégico é uma ferramenta para captar esses talentos. É preciso que a empresa se mostre como cativante e desejável para que os profissionais queiram trabalhar na companhia.
Para isso, é necessário:
Perceba que, no fundo, a ideia é entregar para as pessoas um conceito chamado “great place to work”. Em outras palavras, é preciso oferecer um bom ambiente de trabalho, com perspectivas de carreira positivas em questão de desenvolvimento, profissional e financeiro.
Para ter uma ideia, alguns exemplos de marcas empregadoras bem-sucedidas são: Google, Amazon e outras companhias no topo desse mindset dos jovens que estão se formando hoje e querem trabalhar para essas organizações.
O RH tem um papel fundamental, mas é preciso que os líderes também estejam prontos para apresentarem a empresa ao mercado. Esse discurso precisa reverberar dentro da empresa, ser uma visão institucional.
Isso significa permitir um alto nível de intraempreendedorismo, ou seja, empoderar as pessoas para que elas executem suas ideias, consigam inovar e garantir um ambiente que possibilite correr determinados riscos, que são controlados.
É assim que os profissionais terão a capacidade de fazer a diferença na organização. Perceba que ainda existem processos, mas é necessário oferecer um certo grau de liberdade para que os colaboradores possam empreender e garantir seu protagonismo dentro das atividades do dia a dia das organizações.
Tenha em mente que agora o foco é o cliente final e o grande protagonista dessa transformação organizacional são esses novos talentos. Por isso, o discurso deve deixar de ser somente uma fala. Os líderes devem adotar essa postura para incentivarem as pessoas a executarem suas ideias.
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