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4 passos para ter sucesso no projeto de viabilidade econômica

Escrito por Saint Paul | 19/08/2016 00:00:00

Se sua empresa está planejando um novo projeto, é fundamental realizar uma análise de viabilidade econômica, já que essa ferramenta vai indicar se o projeto é financeiramente viável e se vale a pena seguir em frente.

Mesmo quem lida diariamente com análise de investimentos sabe como é desafiador prever cenários com precisão. Pensando nisso, apresentamos um guia passo a passo para realizar uma análise de viabilidade financeira confiável e assertiva. Confira!

Aqui você encontra:

Passo 1: projeção da receita

O primeiro passo na análise de viabilidade econômica é a projeção da receita, que consiste em prever as fontes de receitas do projeto e como elas devem se escalonar ao longo do tempo. É uma etapa crítica e desafiadora, pois envolve trabalhar com previsões de demanda e suposições sobre o comportamento do mercado.

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Geralmente, essa projeção é feita para um horizonte de 3 a 5 anos, pois esse é o período em que se espera que um projeto comece a gerar retorno financeiro. Porém, em casos de projetos maiores e mais complexos, como infraestruturas, o horizonte de projeção pode se estender por 10 anos ou mais, dependendo da natureza e dos objetivos do projeto.

Como melhorar a precisão da projeção da receita?

  • Conhecimento do público-alvo: Estudos demográficos da região onde o projeto será implementado, por exemplo, ajudam a identificar as características e o comportamento dos potenciais clientes.
  • Análise da concorrência: Avaliar o desempenho dos concorrentes diretos e indiretos permite identificar tendências do mercado, oportunidades não exploradas e áreas de melhoria.
  • Identificação de oportunidades e gaps do mercado: Avaliar as lacunas existentes no mercado que o seu projeto pode preencher. Isso pode envolver desde a falta de um determinado produto ou serviço até a oportunidade de inovação.

Passo 2: projeção de custos e investimentos

Esse passo da análise de viabilidade econômica envolve identificar e calcular todos os custos associados ao projeto, tanto variáveis quanto fixos, e entender os investimentos necessários para a implementação do novo empreendimento.

  • Custos variáveis: Esses custos mudam conforme o volume de produção ou vendas do projeto. Exemplos incluem comissões, taxas, custo dos produtos vendidos, matéria-prima, entre outros. É essencial projetar esses custos de maneira realista, considerando o impacto direto no resultado financeiro do projeto.
  • Custos fixos: São despesas recorrentes que não variam com a produção, como aluguel, salários, água, energia elétrica, entre outros. Eles devem ser detalhadamente calculados para garantir que todas as obrigações financeiras do projeto sejam corretamente contabilizadas.

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Investimentos necessários

Os investimentos se referem à estrutura necessária para viabilizar o projeto, como infraestrutura, equipamentos, e outros ativos indispensáveis ao funcionamento. O grau de detalhamento na projeção de investimentos varia conforme o porte:

  • Para projetos menores, é possível trabalhar com estimativas baseadas em um percentual da receita ou em dados históricos da empresa e de concorrentes, facilitando a projeção de custos de forma mais prática.
  • Para projetos maiores, a projeção de custos e investimentos deve ser detalhada e discriminada linha por linha, identificando cada custo e despesa de forma precisa. Essa análise pode ser feita por produto, serviço ou linha de operação, proporcionando uma visão clara do impacto financeiro de cada componente.

Passo 3: análise de indicadores financeiros

Depois de realizar as projeções de receita, custos e investimentos, é hora de analisar os indicadores financeiros, que são essenciais para entender o fluxo de caixa do projeto e avaliar sua viabilidade econômica.

Essa análise permite visualizar o montante que entrará e sairá da empresa ao longo dos anos, ajudando a tomar decisões assertivas sobre quais projetos seguir adiante.

Principais indicadores financeiros

  • Payback: O Payback é um indicador simples que mede o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial. Apesar de não considerar o valor do dinheiro no tempo nem os fluxos futuros do projeto, é útil na etapa de priorização, especialmente quando se deseja um retorno rápido sobre o investimento.
  • VPL (Valor Presente Líquido): O VPL calcula o valor presente dos fluxos de caixa futuros do projeto, descontados por uma taxa mínima de retorno, como o WACC (Custo Médio Ponderado de Capital). Se o VPL for positivo, significa que o projeto é financeiramente viável, pois o retorno esperado supera o custo.
  • TIR (Taxa Interna de Retorno): A TIR é um indicador que mostra a rentabilidade do projeto, expressa como uma taxa percentual. Ela indica a taxa de retorno que a empresa obterá sobre o investimento realizado. Para que o projeto seja atrativo, a TIR deve ser superior à taxa mínima exigida pelo investidor ou pela empresa, como o WACC. Isso garante que o retorno do projeto compensará o capital investido.

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Por que a análise de indicadores é fundamental?

A análise desses indicadores fornece uma visão quantitativa do desempenho financeiro do projeto, ajudando a empresa a identificar quais iniciativas são rentáveis e quais precisam ser ajustadas ou descartadas. Com esses dados, é possível:

  • Priorizar projetos que oferecem melhor retorno financeiro.
  • Ajustar estratégias para aumentar a viabilidade econômica de projetos marginais.
  • Decidir com confiança se vale a pena investir recursos no projeto ou buscar alternativas.

Passo 4: análise de cenários

A análise de cenários é uma etapa essencial na viabilidade econômica, pois avalia os riscos e a resiliência do projeto em diferentes condições de mercado. Esse processo ajuda a empresa a identificar como variações em receitas e custos impactam os resultados, ajustando as estratégias conforme cada cenário.

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Como realizar a análise de cenários?

  1. Identifique variáveis-chave: Avalie os fatores críticos que afetam o projeto, como demanda, preços e custos.
  2. Simule cenários pessimistas e otimistas: Refazer projeções considerando quedas de receita, aumento de custos, ou crises econômicas. Isso testa a viabilidade do projeto sob condições adversas.
  3. Revise projeções: Recalcule receitas, custos e fluxos de caixa para verificar se o projeto permanece viável em cada cenário.

Se uma análise indicar que uma queda de 10% na receita torna o projeto inviável, por exemplo, isso sinaliza alto risco. Projetos que dependem de condições ideais para serem rentáveis necessitam de ajustes para aumentar a robustez financeira.

Continue seu aprendizado em análise de viabilidade econômica

Para aprofundar seus conhecimentos, conheça o programa de educação executiva Análise de Viabilidade Econômica de Projetos e Investimentos da Saint Paul Escola de Negócios.

Neste curso, você aprenderá a aplicar técnicas avançadas de projeção de receitas, custos e análise de indicadores financeiros, além de explorar ferramentas para a avaliação de cenários e riscos. É uma oportunidade imperdível para profissionais que desejam tomar decisões mais assertivas e maximizar o sucesso de seus projetos.