Quem realiza a gestão de pessoas no setor financeiro da sua empresa? Se esta pergunta fosse feita há três décadas, provavelmente a resposta seria a diretoria de RH e a área de recursos humanos como um todo. Hoje, no entanto, a gestão de pessoas é uma atribuição essencial para todos os líderes que desempenham papéis estratégicos nas organizações.
Especialistas indicam que o conhecimento em gestão de pessoas é tão crucial para o líder quanto as habilidades técnicas exigidas para o cargo. Sem elas, muitos líderes deixam de explorar seu potencial máximo, estagnando suas carreiras e não extraindo o melhor desempenho de suas equipes.
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Neste artigo, vamos explorar a importância da gestão eficaz no setor financeiro e por que é fundamental considerar um retorno à sala de aula. Boa leitura!
Boas práticas de gestão de pessoas no setor financeiro
Para uma boa gestão de pessoas no setor financeiro, é necessário garantir que as metas sejam alcançadas e que a equipe avance na velocidade necessária. Surge então um ponto de interrogação importante: por onde começar?
Claudio Queiroz, especialista em desenvolvimento de líderes e professor da Saint Paul Escola de Negócios, afirma que o primeiro passo é que o gestor se inclua no processo:
“O gestor deve se permitir e acreditar que ele é o grande responsável por selecionar e atrair pessoas talentosas para sua equipe. Porque sem equipe talentosa eu não tenho velocidade” comenta Queiroz.
Velocidade é um desafio crescente para as organizações brasileiras, que enfrentam níveis de produtividade aquém de outros países.
Para se ter uma ideia, a consultoria internacional Conference Board estima que a produtividade do brasileiro representa apenas 25% da produtividade do trabalhador americano. O Brasil ainda fica atrás do Japão e de países da Europa Ocidental, como Alemanha, Reino Unido, Itália e França.
Uma gestão de pessoas eficaz exige as seguintes habilidades:
- Clareza nas expectativas: a gestão deve ser clara, garantindo que cada colaborador entenda suas responsabilidades e o que se espera dele.
- Monitoramento de resultados: é essencial acompanhar o progresso da equipe para assegurar que os acordos e metas estão sendo cumpridos.
- Compromisso com o desenvolvimento contínuo: ofereça feedbacks regulares para promover o crescimento e aprimoramento da equipe.
- Transformação do grupo: trabalhe para que os colaboradores não sejam apenas um grupo, mas sim uma equipe alinhada e em sintonia, capaz de atingir os resultados esperados.
Sobre isto, Queiroz diz: “Posso ter 14 pessoas trabalhando comigo, mas, sem sintonia, não serão uma equipe de verdade, apenas um grupo, e os resultados não acompanharão o ritmo necessário”.
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Quando é hora de voltar à sala de aula?
De acordo com o professor Queiroz, muitos gestores de hoje aprendem a liderar com base em tentativa e erro. Isso é arriscado para sua carreira e para o desempenho da equipe, especialmente considerando a rapidez com que tudo muda atualmente.
“A liderança se afasta do desenvolvimento pessoal em meio aos desafios estratégicos. E, quando vai para a sala de aula, ainda sente culpa por estar ali,” comenta.
Contudo, retornar à sala de aula pode trazer resultados significativos. Um MBA, por exemplo, pode proporcionar em um ou dois anos conhecimentos que levariam uma década para adquirir na prática, acelerando assim a jornada de aprendizado do gestor.
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Os ganhos com a formação em gestão de pessoas não são apenas individuais. No livro “O Elo da Gestão de Carreira,” Queiroz aponta que a qualificação da liderança beneficia “o ELO”, que são as três bases da empresa:
- Para o Empregado: Ganha velocidade em sua carreira, felicidade no trabalho e plenitude para enfrentar desafios;
- Para a Liderança: Desenvolve uma equipe mais motivada, um clima organizacional positivo e resultados excepcionais;
- Para a Organização: Atrai clientes fiéis, aumenta a participação de mercado e melhora a satisfação dos consumidores.
Infelizmente, muitos gestores do setor financeiro ainda estão focados nas tarefas do dia a dia, deixando de lado a formação necessária para liderar com eficácia. Muitas vezes, isso ocorre por acharem que a sala de aula é um ambiente passivo ou perda de tempo.
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Na Saint Paul Escola de Negócios, por exemplo, os cursos são compostos de cases reais, simulações e exercícios práticos que tornam o aprendizado lúdico e eficiente.
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